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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Uma garrafa de vinho, um barco no rio Amazonas



Bom, fiquei de postar sobre as ondas que rolaram na última viagem que fiz com o pessoal da universidade e que rodou o interior do Pará de Barco.  Bem, aqui vão alguns vídeos que eu fiz do povo amanhecido no navio durante o retorno da viagem. Queimação total, mas que liga? hauhauahuahau


Ciganos do rio Amazonas

Ops...

errr... Não sei pq postei isso tô meio arrependido, mas foda-se hahahaha

sábado, 12 de novembro de 2011

O sol e os rios do norte


O registro da interação entre o sol e os rios em diversos pontos da Amazônia por onde passei em Outubro.


Nascer do sol no porto de Tefé - AM / Rio Solimões



Nascer do sol em Santarém - PA/ Encontro do rio Tapajós e do Rio Amazônas



Fim e tarde no Rio Negro Manaus/AM



Estreito de Breves, Furo do Pararau PA



Marinheiros refletidos na janela da Lancha entre Tefé e Manaus / Rio Solimões



Por do sol vermelho em algum lugar do Amazônas 



Em algum lugar do Amazônas 2 :D


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Monte Alegre - PA

Com toda a certeza esse foi um dos lugares mais fodões que eu já fui. Além de o parque ter um visual incrível, as pinturas rupestres e as cavernas nos levam a entrar em contato com uma energia muito louca, algo que nos conecta com os nossos ancestrais do neolítico hauhauhau... Eu e o pessoal exploramos a montanha com um sentimento que era algo de liberdade, algo de aventura… Como disse um amigo meu (que não digo o nome) pra ficar perfeito só faltava estar pelado :DDD

O parque é mundialmente conhecido por registrar a presença mais antiga de ocupação humana nas américas, 11.000 anos. O que é uma das bases para teoria de que o homem não se espalhou pelo continente vindo pela ligação entre o Alasca e a Ásia durante a era glacial, mas sim pelas ilhas que se espalham pelo oceano pacífico. 










quarta-feira, 9 de novembro de 2011

XV IFNOPAP / Campus Flutuante





O  vídeo é uma reunião de fotos do Anderson Costa que registrou 
vários lugares por onde passou o evento desse ano.

Depois de retornar da Mamirauá e encher o bucho de maniçoba no círio em Belém, recomeçaram as minhas andanças pela Amazônia. A trilha agora foi o interior do pará a bordo do navio do Campus Flutuante que é um evento multidisciplinar da UFPA, pro qual eu tive o prazer de produzir a identidade visual.


Imagine-se assistindo uma palestra sobre insetos, outra sobre linguas indígenas,  uma conferencia sobre cinema na Amazônia e de quebra mais outra sobre a visão européia da região norte a partir de mapas de exploradores :P Tudo isso, viajando num barco pelo rio Amazônas... Tanto faz se você é pesquisador, estudante, artista... se a liga é entender a Amazônia e o que é essa região tão complexa e tão imensa, o IFNOPAP é passagem obrigatória.

A proposta é reunir pessoas de várias áreas pra debater questões focadas na Amazônia, trocar idéias, apresentar trabalhos e realizar atividades de extensão como palestras e workshops nas localidades que são rota do navio. Esse ano foram nada mais que 10 dias de atividades e cinco municípios contemplados: Monte Alegre, Santarém, Óbidos, Alenquer e Oriximiná. Abaixo algumas fotos panorâmicas que ele tirou em Santarém, nossa principal parada e Alter do Chão.





Só tenho a agradecer por toda a galera massa que conheci, pelos momentos incríveis e por todo o aprendizado que tive. Nossa, fazia tempo em que eu não tinha contato com coisas tão interessantes, foi realmente inesquecível. Quanto as curtições do IFNOPAP eu coloco em outro post :D

domingo, 30 de outubro de 2011

Seca na floresta


Yay povo! Seguem uns registros que fiz sobre a estação seca na região Amazônica. O rio Amazonas desce vários metros, provocando uma mudança drástica na paisagem da floresta:



Durante a seca, os barrancos da margem do rio ficam aparentes e também surgem inúmeras praias. Algumas áreas ficam com o solo bem fértil e são usadas para o plantio de pequenas roças.


Ao fundo, uma área próximo a comunidade do Abial. Nem de longe o pequeno filete de água lembra o grande lago que se faz presente na época da cheia.


O remo cravado na lama marca o baixo nível do rio. A foto foi tirada bem distante da margem.


Essa rua costuma ser um movimentado porto durante o período de cheia. Lá atrás pode-se observar várias casas flutuantes.


A água chega bem próximo da árvore nos meses do chamado "inverno amazônico".


A comunidade constrói pontes nas áreas que ainda acumulam muita lama. O caminho entre as duas comunidades feito exclusivamente por barco na cheia, passa a ser feito a pé.

sábado, 29 de outubro de 2011

A praia mais galerosa do rio Solimões.



“Colegasinho espia só aquele galeroso alí !!!”

Que tal dançar aquele forró suado enquanto come um delicioso churrasco de gato e enche a cara de cerveja barata? Gostou da idéia? Parabéns, você é um típico galeroso, como se diz por aqui pelo médio Solimões.

Se você, muito por acaso for dar um rolé por Tefé e estiver com galerosidade pra dar e vender, vale a pena dar uma passada nessa praia.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Barcos e Barqueiros

Do meio de setembro até o fim de outubro eu tive a oportunidade de dar uma boa volta na Amazônia e percorrer várias cidades e comunidades. Como todos sabem, os barcos são o principal meio de transporte do povo daqui, então resolvi fazer uma pequena contribuição para o registro desse modo de vida e locomoção tão singular que temos em nossa região. ^^

Canoeiro se locomovendo pelo bairro flutuante.


É impressionante ver uma pessoa em pé numa rabeta cortando o rio. Eu nunca vou ter coragem pra fazer isso...


Na época da seca estes estaleiros se mudam pra beira da praia em Quari-Am, rio Solimões.


Esse barco é enorme e me chamou atenção pelas formas arredondadas e os detalhes em vermelho. Parece de brinquedo ^^.


Um PôPôPô verde limão só pra distrair...


A torcida do flamengo vai longe e está em toda parte...





Em alguns lugares, como no Marajó, várias famílias se aproximam do navio para pedir doações como roupas, comida, brinquedos... Muitos colocam todas as crianças da casa no barco, meio que num pensamento de que será mais fácil persuadir os viajantes.




Esse barco só com meninas combinou com a luz rosada do pôr do sol.




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Botos!!!!!



Esse vídeo é resultado de um dia em que fomos acompanhar os botos do lago Tefé, no Amazônas. Assim, a filmagem tah toda doida porque eu tava numa e rabeta, a edição tá mó palha e a trilha era a única que eu tinha, mas tá bem legal, dá até pra ver eles pulando :D

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Arquitetura Popular Amazônica #1 Tefé



Andando por Tefé, percebi que várias casas apresentam um estilo muito próprio e interessante. O formato das janelas, algumas vezes parece se inspirar nas escotilhas de barcos da região. Outra marca é o acabamento na parte da frente das casas em diversos desenhos, produzidos com madeira ou MDV (?). O Telhado é outro elemento interessante de se observar, pois apresenta um formato arredondado que lembra um “U”.

Eu não entendo muito de arquitetura, mas dá pra ver que tem algo bem singular aqui. Eu chutaria que é uma parada meio vitoriana com um toque japonês amazônico :P. Faz um pouco de sentido né? O que vocês acham? 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os flutuantes e a vida na várzea



A maneira como as pessoas vivem integradas com seu ambiente, influencia de modo determinante sua cultura, seus modos de representação do mundo, sua arte, suas moradias e suas relações sociais. Na região do médio Solimões as diversas peculiaridades em relação a outros locais da Amazônia são bem perceptíveis. 

Grande parte da população rural vive por aqui em áreas de várzea, ou seja, em função das cheias e secas dos rios. Durante meses a baixa dos rios afeta diretamente o modo de vida do povo local, já que além da água mais turva e  escassa, os rios secam vários metros e se distanciam das casas, tornando difícil até o abastecimento de algumas cidades e comunidades em determinadas épocas.

Isso faz com que ocorra por aqui um tipo bem diferente de moradia ribeirinha, algo que eu acostumado apenas a ver palafitas, achei bem louco encontrar: os flutuantes. De uma maneira super básica, os flutuantes são casas, currais, estaleiros… construídos em cima de balsas geralmente produzidas com toras de madeira.




O mais engraçado de tudo isso, é que existe certos lugares como em Quari ou no Lago Tefé, onde existem verdadeiros bairros flutuantes. Ao invés de motos e carros, voadeiras e barcos circulam por lá. Também ouvi relatos de que, algumas pessoas preferem morar nos flutuantes por não precisarem comprar terrenos ou viver de aluguel.

O Instituto Mamirauá tem vários flutuantes que servem como base pro monitoramento, pesquisa e transporte nas reservas Mamirauá e Amanã. Eu tive a oportunidade de conhecer um deles, saca só:







Só pra explicar a roupa de explorador da Amazônia… É que passamos a manhã andando de voadeira e a camisa de manga comprida ajuda na hora do sol forte. Tá bom, caqui e verde musgo são pra dar o clima :D

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Zé, seu safado, quantos amigos seus cruzam a Amazônia pra te visitar ein?

EU disse que vinha e vim :D
Essas são algumas fotos que eu tirei com o Zé lá no Instito Mamirauá, em Tefé-AM. O cara veio trabalhar pra cá desde o começo do ano e mais ou menos por esse período, ele começou a me indicar pra fazer alguns freelas a distância. Com isso começou a despertar o interesse de conhecer como as coisas funcionavam por aqui, conhecer os clientes e é claro, viajar :P Na verdade eu tenho trabalhado bastante, não só com os meus projetos de Belém, mas também com os que eu arrumei por aqui.

O Instituto Mamirauá, é responsável por coordernar os trabalhos de pesquisa, monitoramento e desenvolvimento de duas reservas de desenvolvimento sustentável, a Reserva Mamirauá, de mesmo nome e a reserva Amanã.






Tem que ter fé em Tefé




Cheguei em Tefé por volta das nove da noite, o porto era uma balsa na beira de uma praia que, naquela época do ano, se formava devido ao período de seca dos rios amazônicos. Estava bem escuro e havia uma longa faixa de areia que me deixou um tanto apreensivo em seguir até a cidade sozinho. Estava com toda a minha vida na mochila e o Zé que me receberia na cidade não atendia as minhas ligações. Tá certo, eu meio que vim de surpresa.


Resolvi ajudar uma garota a carregar sua mala pra puxar assunto e pegar umas dicas de como eu poderia me localizar por ali. Ela me falou sobre uma praça onde se pode abrir o computador e usar a internet a vontade. Chegando por lá, parei do lado de uma bombonzeira e puxei o note da bolsa, infelizmente o facebook minha esperança de encontrar o zé online, demorou praticamente um minuto pra abrir a página incial e… eu abri o meu notebook no meio de uma praça escura de uma cidade no interior do Amazônas!?

Antes de dizer que fui num cyber e consegui me comunicar com zé, tenho que falar sobre a primeira coisa que me impressionou aqui em Tefé. Apesar de lenta, a prefeitura oferece internet gratis em algumas praças da cidade onde muitas pessoas acessam a rede com seus notebooks sem problema algum. Aliás, notebooks e smartphones já são muito comuns por aqui.

Tirando algumas brigas de bar e “galerosos”, os malandros locais,  que fazem aqui e ali uma arruaça, Tefé é uma cidade super pacífica e com certeza, um exemplo pra muitos outros municípios. Aqui só não dorme de janela aberta quem tem ar-condicionado e a casa do meu amigo, por exemplo, nem tranca tem (?) Realmente, todos que conheci aqui parecem estar muito certos quanto a tranquilidade do local. Fico feliz de encontrar lugares assim e me sentir livre pra andar com as minhas coisas sem medo. Ponto pro Amazônas!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tefé #partiu


Nunca confie em gente que trabalho com barco, meu pai sempre diz e eu nunca aprendo... Depois ser tapeado em Santarém ano passado, foi a vez de isso acontecer aqui em Manaus. No domingo de manhã fui tentar me informar sobre as lanchas que fazem a travessia Manaus Tefé em 12h, a outra opção é uma embarcação chamada recreio que realiza o trajeto em três dias.

Achei de pedir informações sobre a lancha pra vendedora de passagens de barco, que me (dês)informou que as passagens de lancha para segunda e quarta já tinham se esgotado e que a única opção para essa semana era o tal do Recreio que chegaria lá na quarta. Eu bobão como sempre nem desconfiei que o que a mulher queria vender mesmo era uma  passagem do navio dela...

A mãe do Paulo, deu a idéia de que a gente tentasse ir comprar a passagem da lancha mesmo assim e chegamos bem cedo por lá. A lancha realmente estava lotada, mas a de quarta feira ao contrario do que me foi dito ainda tinha MUITAS passagens. Coloquei o meu nome na lista de espera e com muita facilidade aguardei uma desistência praquele dia mesmo. Só sucesso, consegui meeeeesmo :D

A bronca é que avisei pro Zé que ia chegar só na quarta... Será que ele vai curtir a surpresa? :P

Quanto a lancha, ela não é cômoda como um navio que você pode andar pra cima e pra baixo e ir deitado na rede, mas tem até serviço de bordo: um almoço e janta mega dYgnos com direito a refrigerante, além de profissionais muito gentis ;)

O que mais me impressionou foi a cozinha do barco que cabe apenas uma pessoa, a cozinheira, que tem como missão produzir nada mais que 60 refeições no almoço e mais 60 na Janta. E ainda tem gente que reclama do tamanho da cozinha...