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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os flutuantes e a vida na várzea



A maneira como as pessoas vivem integradas com seu ambiente, influencia de modo determinante sua cultura, seus modos de representação do mundo, sua arte, suas moradias e suas relações sociais. Na região do médio Solimões as diversas peculiaridades em relação a outros locais da Amazônia são bem perceptíveis. 

Grande parte da população rural vive por aqui em áreas de várzea, ou seja, em função das cheias e secas dos rios. Durante meses a baixa dos rios afeta diretamente o modo de vida do povo local, já que além da água mais turva e  escassa, os rios secam vários metros e se distanciam das casas, tornando difícil até o abastecimento de algumas cidades e comunidades em determinadas épocas.

Isso faz com que ocorra por aqui um tipo bem diferente de moradia ribeirinha, algo que eu acostumado apenas a ver palafitas, achei bem louco encontrar: os flutuantes. De uma maneira super básica, os flutuantes são casas, currais, estaleiros… construídos em cima de balsas geralmente produzidas com toras de madeira.




O mais engraçado de tudo isso, é que existe certos lugares como em Quari ou no Lago Tefé, onde existem verdadeiros bairros flutuantes. Ao invés de motos e carros, voadeiras e barcos circulam por lá. Também ouvi relatos de que, algumas pessoas preferem morar nos flutuantes por não precisarem comprar terrenos ou viver de aluguel.

O Instituto Mamirauá tem vários flutuantes que servem como base pro monitoramento, pesquisa e transporte nas reservas Mamirauá e Amanã. Eu tive a oportunidade de conhecer um deles, saca só:







Só pra explicar a roupa de explorador da Amazônia… É que passamos a manhã andando de voadeira e a camisa de manga comprida ajuda na hora do sol forte. Tá bom, caqui e verde musgo são pra dar o clima :D

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