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domingo, 30 de outubro de 2011

Seca na floresta


Yay povo! Seguem uns registros que fiz sobre a estação seca na região Amazônica. O rio Amazonas desce vários metros, provocando uma mudança drástica na paisagem da floresta:



Durante a seca, os barrancos da margem do rio ficam aparentes e também surgem inúmeras praias. Algumas áreas ficam com o solo bem fértil e são usadas para o plantio de pequenas roças.


Ao fundo, uma área próximo a comunidade do Abial. Nem de longe o pequeno filete de água lembra o grande lago que se faz presente na época da cheia.


O remo cravado na lama marca o baixo nível do rio. A foto foi tirada bem distante da margem.


Essa rua costuma ser um movimentado porto durante o período de cheia. Lá atrás pode-se observar várias casas flutuantes.


A água chega bem próximo da árvore nos meses do chamado "inverno amazônico".


A comunidade constrói pontes nas áreas que ainda acumulam muita lama. O caminho entre as duas comunidades feito exclusivamente por barco na cheia, passa a ser feito a pé.

sábado, 29 de outubro de 2011

A praia mais galerosa do rio Solimões.



“Colegasinho espia só aquele galeroso alí !!!”

Que tal dançar aquele forró suado enquanto come um delicioso churrasco de gato e enche a cara de cerveja barata? Gostou da idéia? Parabéns, você é um típico galeroso, como se diz por aqui pelo médio Solimões.

Se você, muito por acaso for dar um rolé por Tefé e estiver com galerosidade pra dar e vender, vale a pena dar uma passada nessa praia.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Barcos e Barqueiros

Do meio de setembro até o fim de outubro eu tive a oportunidade de dar uma boa volta na Amazônia e percorrer várias cidades e comunidades. Como todos sabem, os barcos são o principal meio de transporte do povo daqui, então resolvi fazer uma pequena contribuição para o registro desse modo de vida e locomoção tão singular que temos em nossa região. ^^

Canoeiro se locomovendo pelo bairro flutuante.


É impressionante ver uma pessoa em pé numa rabeta cortando o rio. Eu nunca vou ter coragem pra fazer isso...


Na época da seca estes estaleiros se mudam pra beira da praia em Quari-Am, rio Solimões.


Esse barco é enorme e me chamou atenção pelas formas arredondadas e os detalhes em vermelho. Parece de brinquedo ^^.


Um PôPôPô verde limão só pra distrair...


A torcida do flamengo vai longe e está em toda parte...





Em alguns lugares, como no Marajó, várias famílias se aproximam do navio para pedir doações como roupas, comida, brinquedos... Muitos colocam todas as crianças da casa no barco, meio que num pensamento de que será mais fácil persuadir os viajantes.




Esse barco só com meninas combinou com a luz rosada do pôr do sol.




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Botos!!!!!



Esse vídeo é resultado de um dia em que fomos acompanhar os botos do lago Tefé, no Amazônas. Assim, a filmagem tah toda doida porque eu tava numa e rabeta, a edição tá mó palha e a trilha era a única que eu tinha, mas tá bem legal, dá até pra ver eles pulando :D

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Arquitetura Popular Amazônica #1 Tefé



Andando por Tefé, percebi que várias casas apresentam um estilo muito próprio e interessante. O formato das janelas, algumas vezes parece se inspirar nas escotilhas de barcos da região. Outra marca é o acabamento na parte da frente das casas em diversos desenhos, produzidos com madeira ou MDV (?). O Telhado é outro elemento interessante de se observar, pois apresenta um formato arredondado que lembra um “U”.

Eu não entendo muito de arquitetura, mas dá pra ver que tem algo bem singular aqui. Eu chutaria que é uma parada meio vitoriana com um toque japonês amazônico :P. Faz um pouco de sentido né? O que vocês acham? 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os flutuantes e a vida na várzea



A maneira como as pessoas vivem integradas com seu ambiente, influencia de modo determinante sua cultura, seus modos de representação do mundo, sua arte, suas moradias e suas relações sociais. Na região do médio Solimões as diversas peculiaridades em relação a outros locais da Amazônia são bem perceptíveis. 

Grande parte da população rural vive por aqui em áreas de várzea, ou seja, em função das cheias e secas dos rios. Durante meses a baixa dos rios afeta diretamente o modo de vida do povo local, já que além da água mais turva e  escassa, os rios secam vários metros e se distanciam das casas, tornando difícil até o abastecimento de algumas cidades e comunidades em determinadas épocas.

Isso faz com que ocorra por aqui um tipo bem diferente de moradia ribeirinha, algo que eu acostumado apenas a ver palafitas, achei bem louco encontrar: os flutuantes. De uma maneira super básica, os flutuantes são casas, currais, estaleiros… construídos em cima de balsas geralmente produzidas com toras de madeira.




O mais engraçado de tudo isso, é que existe certos lugares como em Quari ou no Lago Tefé, onde existem verdadeiros bairros flutuantes. Ao invés de motos e carros, voadeiras e barcos circulam por lá. Também ouvi relatos de que, algumas pessoas preferem morar nos flutuantes por não precisarem comprar terrenos ou viver de aluguel.

O Instituto Mamirauá tem vários flutuantes que servem como base pro monitoramento, pesquisa e transporte nas reservas Mamirauá e Amanã. Eu tive a oportunidade de conhecer um deles, saca só:







Só pra explicar a roupa de explorador da Amazônia… É que passamos a manhã andando de voadeira e a camisa de manga comprida ajuda na hora do sol forte. Tá bom, caqui e verde musgo são pra dar o clima :D