No meio de um sono profundo depois de uma
noite daquelas... Acordo sendo sacudido com toda a delicadeza que deus deu ao AllanGomes, o despertador do celular não tinha sido suficiente pra me tirar
daquela momó infinita....
ACORDA, TU DEVIAS ESTAR A MEIA HORA NA CASA
DA BETH, ELAS VÃO EMBORA SEM TI !!!!
Enfiei tudo o que eu achava que ia precisar
numa sacola, coloquei uns óculos escuros e saí correndo ladeira abaixo pra encontrar
a Beth Gihmel e a Bela Siol a dois quarteirões da Casa. Quando cheguei,
elas já estavam dentro do carro, prontas pra rasgar o chão até Novo Airão.
Depois de um milhão de desculpas pegamos a nova
ponte sobre o Rio Negro e rodamos por uma estrada linda, repleta de
lugares por onde a especulação imobiliária ainda não passou, ou seja, floresta
dos dois lados da pista por muuuuitos kilômetros...
Depois de resolver uns assuntos em uma
cidade no caminho, fomos conhecer uma praia mega bonita do Rio Negro, onde
passamos uma tarde incrível. De lá, pegamos a estrada outra vez e chegamos de
noite em Novo Airão.
No dia seguinte, fomos visitar os moradores mais ilustres da região ^^ ta bom
pra vocês???
Os
botos cor-de-rosa visitam a comunidade a muitos anos. Hoje, essa relação é
intermediada pelo trabalho do ICMbio que é responsável por coordenar
essa aproximação e pelo bem estas dos animais, que vivem livres no rio mas
sempre retornam atrás dos peixes é claro ^^
Antigamente se vendia a dez reais um prato de peixe para que os turistas
alimentassem os botos. O visitantes por sua vez, entravam na água com protetor
solar e até mesmo blondor, agredindo é claro, a saúde dos animais. Além
disso, o stresse provocado pela excessiva aproximação e fluxo de pessoas,
contribuía para a diminuição do tempo de vida dos botos.
Com
a criação do Parque Nacional de Anavilhanas essa aproximação quase foi proibida. Atualmente, o visitante
é recebido numa balsa e pode observar
a alimentação e aproximação dos botos que ocorre de uma em uma hora.
Também é permitido colocar os pés na água e acariciar os animais. São todos
muito brincalhões, um deles prendeu o meu pé com o bico e tentou me derrubar na
água :P. Todos os botos são conhecidos pelo nome, uns somem por alguns meses e
diversas vezes retornam trazendo com eles mais outro amigo boto.
A história mais interessante que ouvi por
lá foi a do Boto Curuim. Ele se aproximou da comunidade meio que pedindo
ajuda. O animal havia teve seu bico perfurado por um arpão e estava muito
machucado. Os próprios botos haviam tirado o arpão do Curumim que teve
seus ferimentos curados pelos ribeirinhos e nunca mais parou de freqüentar a praia de Novo Airão.
Ele é reconhecido pelo Bico torto, vestígio da violência que sofreu.
Pensei muito tempo sobre como alguém
poderia machucar aqueles animais tão inteligentes. Foi uma oportunidade
incrível conhecer tudo aquilo, foi realmente demais. Pra quem for visitar
Manaus, recomendo sem dúvida uma esticada a Novo Airão e a Presidente
Figueiredo, assunto do meu próximo post ^^
qro viajar
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