Páginas

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tem que ter fé em Tefé




Cheguei em Tefé por volta das nove da noite, o porto era uma balsa na beira de uma praia que, naquela época do ano, se formava devido ao período de seca dos rios amazônicos. Estava bem escuro e havia uma longa faixa de areia que me deixou um tanto apreensivo em seguir até a cidade sozinho. Estava com toda a minha vida na mochila e o Zé que me receberia na cidade não atendia as minhas ligações. Tá certo, eu meio que vim de surpresa.


Resolvi ajudar uma garota a carregar sua mala pra puxar assunto e pegar umas dicas de como eu poderia me localizar por ali. Ela me falou sobre uma praça onde se pode abrir o computador e usar a internet a vontade. Chegando por lá, parei do lado de uma bombonzeira e puxei o note da bolsa, infelizmente o facebook minha esperança de encontrar o zé online, demorou praticamente um minuto pra abrir a página incial e… eu abri o meu notebook no meio de uma praça escura de uma cidade no interior do Amazônas!?

Antes de dizer que fui num cyber e consegui me comunicar com zé, tenho que falar sobre a primeira coisa que me impressionou aqui em Tefé. Apesar de lenta, a prefeitura oferece internet gratis em algumas praças da cidade onde muitas pessoas acessam a rede com seus notebooks sem problema algum. Aliás, notebooks e smartphones já são muito comuns por aqui.

Tirando algumas brigas de bar e “galerosos”, os malandros locais,  que fazem aqui e ali uma arruaça, Tefé é uma cidade super pacífica e com certeza, um exemplo pra muitos outros municípios. Aqui só não dorme de janela aberta quem tem ar-condicionado e a casa do meu amigo, por exemplo, nem tranca tem (?) Realmente, todos que conheci aqui parecem estar muito certos quanto a tranquilidade do local. Fico feliz de encontrar lugares assim e me sentir livre pra andar com as minhas coisas sem medo. Ponto pro Amazônas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário